terça-feira, 8 de março de 2016

E muda a estação, mais uma vez.
Trocaria esse peso por um vinho e uma dança descompassada na sala da tua casa.
Eu passo. Devaneio e tango no calor da pele. Da minha na tua.
Meu caminho, que já trilha longe do trilho, tem medo de encontrar o teu.
Encontrar por acaso o acaso forçado.
A minha arte pinta na tua cara o que não quero que veja. Meu lar é onde repousas a alma.
Meus olhos são onde tu repousas os teus e me preocupa a tua procura.
É que me perco quando tu os pousa em mim. Pousa o brilho dos teus na insuficiência dos meus. E me faço espelho quando você sorri.
Sufoca me o apreço que sinto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário