terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tenho saudade, do sorriso estampado verdadeiramente em meu rosto o tempo todo. Tenho saudade do seu cheiro maravilhoso, que ficava em minhas roupas e em minhas mãos. Tenho saudade de acordar e saber que no final do dia eu iria falar com você, e ouvir você dizendo que me ama. Tenho saudade de saber que você me pertence e que nada pode mudar isso. Tenho saudade dos seus abraços, que me confortavam, e daqueles abraços de saudade, de quando a gente ficava um tempo sem se ver. Tenho saudade dos seus beijos, que me faziam querer parar o tempo, para que nunca terminassem. Tenho saudade do seu sorriso, a coisa que mais me encantava em você, e me fazia delirar. Tenho saudade dos seus olhares que me hiptonizavam e faziam eu me perder. Tenho saudade das suas brincadeiras, que me faziam morrer de rir. Tenho saudade de quando você me dizia que eu tinha o dom de te fazer feliz, e que eu era a namorada perfeita. Tenho saudade de você me dizer que eu era linda, mas que eu ja tinha dono. Tenho saudade dos seus ciumes, que me faziam sentir que você me amava. Tenho saudade até das nossas brigas, porque no final ficava tudo bem, e eu via o quanto meu amor por você é grande. Tenho saudade de querer que o fim de semana chegasse logo, para eu enfim te ver. Tenho saudade de todas as nossas noites e dias juntos. Tenho saudade das nossas conversas sem sentido. Tenho saudade de tudo em você, de tudo que a gente viveu, e como você me fazia bem. </3

Por: Ana Carla Carrijo

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Um sussurro. Espero. Atentamente.
Um sussurro, mil palavras, um sussurro.
Eu esperei, eu tive paciencia, mas o tempo passa impacientemente. Palavras agudas vindo hibridas e lentas, asperas, porém calmas, dos lábios, da boca, tua.
Uma espera, minha espera. Paciente ou não, minha. Um sentimento, uma palpitação. É o que me causa olhar em ti.
Olhos, olhares, gestos. Medo dos olhares, excesso de gestos.
Milhões de palavras me passaram à cabeça, enquanto 3 delas estavam agarradas ao seus labios. E minha espera eterna.
Pude me lembrar do meu dia, das outras palpitações, do que eu já me esperava e mais milhares de coisas que me causaram mais palpitação, enquanto apenas uma frase você pronunciava. Curta. Lenta. Baixa. Sua.
Por ser sua me deixou ainda mais tensa. Eu já as esperava, porém tinha medo de ouví-las.
"Alguns chamam de medo, outros de amor". O que seria, então?
Sinceras? Ou não?
Não brinque, eu estava apenas refletindo enquanto você dizia uma curta frase.
Justa aos seus lábios, agarradas ao mesmo, se soltando e indo até meus ouvidos e me deixando ainda com mais medo... ou amor.
Eu tinha medo de ouvir, mas as queria. Assim como te queria.
Quero?
Amor? O que? Amor?
Passou como um vento, mas o sentido ficou.
-"Eu te amo".
Me quebrou em mil pedaços. E cada um dos meus cacos se juntaram, retornando meus olhares pra ti. Envergonhadamente revirei meus olhos e estampei um sorriso no rosto. Um sorriso que refletia um brilho em seus olhos aguardando por minha resposta.
Retornei meus olhos ao chão para me notar, pra ver se ainda existia meu corpo, se eu ainda estava alí.
A realidade. Incherga-la estava mais dificil do que olhar em seus olhos.
Coragem. Força. Palpitação.
-"eu também te amo".
Olhos retornam a você. Firme, você sustenta meu olhar com os seus.
Cuidado. Isso pode te fazer mal. Um bem. Um mal. Mil palavras em três. Uma frase. Um dialogo curto. Mil palavras ditas em um sussurro.

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux


Pourtant quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors ?

On dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Parait qu'le bonheur est à portée de main,
Alors on tend la main et on se retrouve fou

Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit,
J'entend encore la voix, mais je ne vois plus les traits
"il vous aime, c'est secret, lui dites pas que j'vous l'ai dit"

Tu vois quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore, me l'a t'on vraiment dit...
Que tu m'aimais encore, serais ce possible alors ?

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos tristesses il s'en fait des manteaux

Amor...
O amor...
O que é ele? Será que eu amo? O que é isso?
-"sim, você ama, acredite". -"não sei, não sei"
-"Hey, psiu... Te amo".-"eu também te amo"
O que? Eu amo? Será que amo? O que é isso que estou sentindo?
-"ai meu deus, eu o amo, veja ele...."-"hey, psiu... te amo"
Será que eu amo?
-"Te amo".
Sim, eu amo.
E agora? O que é o destino?
Coincidencias não existem...
Alguém me disse que você me ama, mas é segredo. Permanecerei calada, eu apenas sei do que sinto... Sei mais do que você sente. Será que você também sabe?

domingo, 1 de março de 2009

A Casta e o Impuro


Ódio. Descontrole. Indignação.
Ela abandonou os afazeres e quis vir falar comigo. Me acalmar.
Não podia. Não precisava. Não devia.
Ela fazia um contraste estranho com o ambiente. Princesa do castelo
Linda. Carismática. Tranqüilizante.
Ela não precisava estar naquele lugar.
Inóspito. Decadente. Odioso.

"Por que você está assim?"
"Não é da sua conta, volte pra baixo e vá trabalhar." - Rude como sempre fui.
"Por que está me tratando assim?"
"Você não é especial. Trato todos assim."
"Eu não gosto de te ver assim."
"Então vire as costas e me esqueça."
"Não quero te esquecer."
"Mas deve."
"Quem é você pra me dizer o que devo fazer?"
"Ninguém. Por isso mesmo, me esqueça." - Acendi um cigarro.
"Eu te amo." - Me quebrou por dentro.
"Não faça isso..." - clamei.
"Não posso te amar? Tenho sentimentos, sou um ser humano." - Se explicou.
"Parabéns então."
"Não estou pedindo que me ame. Só disse que eu te amo." - as palavras sairam quase mudas de sua boca.
"Grande coisa." - Estava cego, surdo e mudo. Nem sabia o que dizer
"Vai dizer que porque você tem esse jeito durão e frio, não tem coração? Não ama? Não chora?" - esbravejou.
"É." - tentei me esquivar com uma confirmação simples.
"Eu te odeio." - Derrubou o cigarro da minha mão.
"Não me amava há alguns segundos atrás?" - ironizei
Silêncio. Meus olhos de artilheiro perfuraram os olhos sensíveis dela.
Me beijou. E sentir o toque dos lábios dela novamente me inebriou.
"É, eu te amo." - abraçou-me forte.
"Desculpe..." - sussurrei.
Lágrimas caíram. As minhas. Ninguém precisava vê-las, apenas eu as senti - como uma torneira gotejando na madrugada, te impossibilitando de dormir.
Estou sendo tomado por um sentimento estranho e inominável.
Mas alguns o chamam de amor. Outros o chamam de medo.


[...] [/Anônimo]

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Amor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É nunca contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

Luís de Camões
"Perguntei a um sábio,a diferença que haviaentre amor e amizade,ele me disse essa verdade...O Amor é mais sensível,a Amizade mais segura.O Amor nos dá asas,a Amizade o chão.No Amor há mais carinho,na Amizade compreensão.O Amor é plantadoe com carinho cultivado,a Amizade vem faceira,e com troca de alegria e tristeza,torna-se uma grande e queridacompanheira. Mas quando o Amor é sinceroele vem com um grande amigo,e quando a Amizade é concreta,ela é cheia de amor e carinho.Quando se tem um amigoou uma grande paixão,ambos sentimentos coexistemdentro do seu coração."

William Shakespeare
Por tanto tempo. Por tantos momentos. Tantos pensamentos me vagam, me intediam, me aprisionam na falta do que acontece pra o que me acontece aqui por dentro. Eu entendo, compreendo e concordo. Concordo com essas ideias e ideais. Nunca participei. Nunca foi pra mim, nem por mim. Foi por você. Por você esperei. Por você perdi horas. Por você senti e deixei de sentir. Odiei. Amei. Perdi. Sofri. Pude compreender e desentender em poucas palavras, toda via me encontrar mais uma vez perdida em pensamentos. Pensamentos ligados a isso tudo. A mim. A você. Ao tempo.
Simples crianças. Juntas. Uma sonha. A outra não sabe o que esta acontecendo. Uma sofreu. Uma se sentiu sozinha. A outra se excluiu e se poupou de qualquer assunto ou pensamento que a levasse a isto. Perda de tempo?. Perda de Léxico?. Perda de dialogo?
Pessa-me que eu não te deixe. Não te iluda. Assim como você fez. Faz. Faria. Vai fazer. Esta fazendo.
Meu tempo passou... se perdeu em outros lugares... outras esquinas.... bares... brever amizades.
Meus pensamentos fluem, fluem, fluem. Sem vírgula, sem ponto. Sem momento de desecontro entre esses pensamentos que nunca se encontraram, que sempre se distorceram entre outros pensamentos.
Unem-se. Percam-se. Amem-se... Enquanto eu perco meu tempo descrevendo o tempo que perdi tentando te descrever.
Olhe em meus olhos. Sinta o que eu já senti. Sinta o que te proporcionei por pensamento. Pensamentos. Pensamentos... simples traições de nossas mentes malditas.
Distrações. Apenas enganações. Enganações do que existe. Fuga do que se passa.
Me lixo. Lixo-me. Me sinto um lixo. Perco até mais tempo do que eu imaginei, perdendo, perdendo, perdendo... Sem fim, sem fim, sem fim, sem fim...
Pensei tanto nesses aspectos, me iludi tanto em pensamento, que agora já não sei o que poderá acontecer. Não sei se aconteceu. Não sei o que penso mais.
E no último parágrafo, percebi que não havia nada. Desliguei me por dentro e te vi parado em minha frente. Me mostrando que existe realidade. Que meus olhos podem ir bem mais longe do que até meus pensamentos. Vi você alí, bem alí... bem aqui, em minha frente, resumindo tudo isso que eu me flagelei tentando descobrir. "Eu te amo".