segunda-feira, 18 de julho de 2016

17 de julho

Acaba, enfim, afim de começar.
Começo do fim. 
Começo do meu fim.
Pois se recomeçar, que venha meu começo. Mas o começo do começo. 
Mudado, enfim. 
Não quero o resto do fim. Não quero que volte. Quero que revolte e seja sem fim. 
Completamente em mim. Pra mim. E fim. 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Nua

Quem seria meu amigo hoje?
Para desfazer o peso e derramar um pouco da suspeita opinião que me dei conta.
Para compartilhar o medo, apreensão. Um Pinot Grigio. Dois Carménère.
Quem poderia entender o que se passa, porque não passa? Ficou e se alojou.
O que viria a ser essa explicação esdrúxula da realidade que não deixa de ser irreal. Surreal. Desprovida de provas. Argumentação abstrata.
Quem poderia olhar comigo na mesma direção, rir, entender a satira de Van Goghzar o céu a noite e se deliciar em cada nota, tom e semi tom de Edith?
O que vem a ser o bem-estar compartilhado à dois? E por que se faz tão necessário em mim?
Hoje, sendo alva, talvez me entenda. Talvez compreenda. Repreenda. Mas seja!
Podemos tagarelar, descompassar no tango e exigir um pouco mais de Caetano.
Vamos nos dar a liberdade de ser e ouvir, o que quer que seja.
Compreender e discutir algumas dessas verdades incompreendidas, profundas, do universo.
Ter certeza de que o céu é um mar, a lua um navio a navegar e as estrelas, os viajantes perdidos.
Voce saberia? Você seria? Conseguiria?
Fantasmas.
Me elevam e me assombram.
Memorias de mim. Do que foi. Do que era. Ou nunca, jamais será.
Pesadelos.
De mim, comigo, sem mim. Deles.
Lagrimas.
Viajam. Rapidamente, viajam.
Do toque. O cheiro. O sorriso perdido no tempo.
Sentir.
Como um punhal cravado, sentir. Sem ti.
Posso fechar os olhos, por algum instante, me elevar. Fugir. De mim. Por mim.
Meu medo.
Anseio. O grito em silêncio.
A Súplica.
A reverência.
A Destruição.
Afaga-me as estrelas. Ilumina meu ver, transparece meu ser. Conclui minha premonição.
Não.
Nunca soube, talvez.
A espera incessante me destrói, corroi, a cada minuto uma parte de mim.
A dúvida.




Aflição.




Memórias.
Por que não? Por que não devo mais sentir?
Se é tão nobre, tão intenso e deveria ser feliz?
Bukowskando e parafraseando. Perdendo entrelinhas a razão, ganhando um pouco mais de coração a cada verso.
Sopro.
Do vento que leva, levo também a carga histórica.
Vendo beleza em qualquer Tela. Vendo sentimento em qualquer peito. Vendo me.
Espero exprimir, quando ja sei que nunca poderei. Jamais conseguirei.
Dói.

domingo, 3 de julho de 2016

Espero poder olhar para o céu e sentir em mim. O.
Talvez todo o peso que eu mesma carreguei em mim, pudesse ser guardado, esquecido, numa gaveta qualquer. Ou Talvez... nunca.
Espero Nunca me perder. Principalmente em mim.
Cada verso, cada musica, cada estrada, cada sorriso, cada garrafa, cada frase, cada noite, cada lua...
Cada uma, deixe em si. "Deixe-me sozinho, porque assim, eu viverei em paz".
Olhar para dentro dói menos que o olhar em frente. Porque em frente, o tempo só vai e vai.
Ele também.