terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Por: Ana Carla Carrijo
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Um sussurro, mil palavras, um sussurro.
Eu esperei, eu tive paciencia, mas o tempo passa impacientemente. Palavras agudas vindo hibridas e lentas, asperas, porém calmas, dos lábios, da boca, tua.
Uma espera, minha espera. Paciente ou não, minha. Um sentimento, uma palpitação. É o que me causa olhar em ti.
Olhos, olhares, gestos. Medo dos olhares, excesso de gestos.
Milhões de palavras me passaram à cabeça, enquanto 3 delas estavam agarradas ao seus labios. E minha espera eterna.
Pude me lembrar do meu dia, das outras palpitações, do que eu já me esperava e mais milhares de coisas que me causaram mais palpitação, enquanto apenas uma frase você pronunciava. Curta. Lenta. Baixa. Sua.
Por ser sua me deixou ainda mais tensa. Eu já as esperava, porém tinha medo de ouví-las.
"Alguns chamam de medo, outros de amor". O que seria, então?
Sinceras? Ou não?
Não brinque, eu estava apenas refletindo enquanto você dizia uma curta frase.
Justa aos seus lábios, agarradas ao mesmo, se soltando e indo até meus ouvidos e me deixando ainda com mais medo... ou amor.
Eu tinha medo de ouvir, mas as queria. Assim como te queria.
Quero?
Amor? O que? Amor?
Passou como um vento, mas o sentido ficou.
-"Eu te amo".
Me quebrou em mil pedaços. E cada um dos meus cacos se juntaram, retornando meus olhares pra ti. Envergonhadamente revirei meus olhos e estampei um sorriso no rosto. Um sorriso que refletia um brilho em seus olhos aguardando por minha resposta.
Retornei meus olhos ao chão para me notar, pra ver se ainda existia meu corpo, se eu ainda estava alí.
A realidade. Incherga-la estava mais dificil do que olhar em seus olhos.
Coragem. Força. Palpitação.
-"eu também te amo".
Olhos retornam a você. Firme, você sustenta meu olhar com os seus.
Cuidado. Isso pode te fazer mal. Um bem. Um mal. Mil palavras em três. Uma frase. Um dialogo curto. Mil palavras ditas em um sussurro.
On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux
Pourtant quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors ?
On dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Parait qu'le bonheur est à portée de main,
Alors on tend la main et on se retrouve fou
Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit,
J'entend encore la voix, mais je ne vois plus les traits
"il vous aime, c'est secret, lui dites pas que j'vous l'ai dit"
Tu vois quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore, me l'a t'on vraiment dit...
Que tu m'aimais encore, serais ce possible alors ?
On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos tristesses il s'en fait des manteaux
O amor...
O que é ele? Será que eu amo? O que é isso?
-"sim, você ama, acredite". -"não sei, não sei"
-"Hey, psiu... Te amo".-"eu também te amo"
O que? Eu amo? Será que amo? O que é isso que estou sentindo?
-"ai meu deus, eu o amo, veja ele...."-"hey, psiu... te amo"
Será que eu amo?
-"Te amo".
Sim, eu amo.
E agora? O que é o destino?
Coincidencias não existem...
Alguém me disse que você me ama, mas é segredo. Permanecerei calada, eu apenas sei do que sinto... Sei mais do que você sente. Será que você também sabe?
domingo, 1 de março de 2009
A Casta e o Impuro

Ela abandonou os afazeres e quis vir falar comigo. Me acalmar.
Não podia. Não precisava. Não devia.
Ela fazia um contraste estranho com o ambiente. Princesa do castelo
Linda. Carismática. Tranqüilizante.
Ela não precisava estar naquele lugar.
Inóspito. Decadente. Odioso.
"Por que você está assim?"
"Não é da sua conta, volte pra baixo e vá trabalhar." - Rude como sempre fui.
"Por que está me tratando assim?"
"Você não é especial. Trato todos assim."
"Eu não gosto de te ver assim."
"Então vire as costas e me esqueça."
"Não quero te esquecer."
"Mas deve."
"Quem é você pra me dizer o que devo fazer?"
"Ninguém. Por isso mesmo, me esqueça." - Acendi um cigarro.
"Eu te amo." - Me quebrou por dentro.
"Não faça isso..." - clamei.
"Não posso te amar? Tenho sentimentos, sou um ser humano." - Se explicou.
"Parabéns então."
"Não estou pedindo que me ame. Só disse que eu te amo." - as palavras sairam quase mudas de sua boca.
"Grande coisa." - Estava cego, surdo e mudo. Nem sabia o que dizer
"Vai dizer que porque você tem esse jeito durão e frio, não tem coração? Não ama? Não chora?" - esbravejou.
"É." - tentei me esquivar com uma confirmação simples.
"Eu te odeio." - Derrubou o cigarro da minha mão.
"Não me amava há alguns segundos atrás?" - ironizei
Silêncio. Meus olhos de artilheiro perfuraram os olhos sensíveis dela.
Me beijou. E sentir o toque dos lábios dela novamente me inebriou.
"É, eu te amo." - abraçou-me forte.
"Desculpe..." - sussurrei.
Lágrimas caíram. As minhas. Ninguém precisava vê-las, apenas eu as senti - como uma torneira gotejando na madrugada, te impossibilitando de dormir.
Estou sendo tomado por um sentimento estranho e inominável.
Mas alguns o chamam de amor. Outros o chamam de medo.
[...] [/Anônimo]
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É nunca contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
Luís de Camões
William Shakespeare
Simples crianças. Juntas. Uma sonha. A outra não sabe o que esta acontecendo. Uma sofreu. Uma se sentiu sozinha. A outra se excluiu e se poupou de qualquer assunto ou pensamento que a levasse a isto. Perda de tempo?. Perda de Léxico?. Perda de dialogo?
Pessa-me que eu não te deixe. Não te iluda. Assim como você fez. Faz. Faria. Vai fazer. Esta fazendo.
Meu tempo passou... se perdeu em outros lugares... outras esquinas.... bares... brever amizades.
Meus pensamentos fluem, fluem, fluem. Sem vírgula, sem ponto. Sem momento de desecontro entre esses pensamentos que nunca se encontraram, que sempre se distorceram entre outros pensamentos.
Unem-se. Percam-se. Amem-se... Enquanto eu perco meu tempo descrevendo o tempo que perdi tentando te descrever.
Olhe em meus olhos. Sinta o que eu já senti. Sinta o que te proporcionei por pensamento. Pensamentos. Pensamentos... simples traições de nossas mentes malditas.
Distrações. Apenas enganações. Enganações do que existe. Fuga do que se passa.
Me lixo. Lixo-me. Me sinto um lixo. Perco até mais tempo do que eu imaginei, perdendo, perdendo, perdendo... Sem fim, sem fim, sem fim, sem fim...
Pensei tanto nesses aspectos, me iludi tanto em pensamento, que agora já não sei o que poderá acontecer. Não sei se aconteceu. Não sei o que penso mais.
E no último parágrafo, percebi que não havia nada. Desliguei me por dentro e te vi parado em minha frente. Me mostrando que existe realidade. Que meus olhos podem ir bem mais longe do que até meus pensamentos. Vi você alí, bem alí... bem aqui, em minha frente, resumindo tudo isso que eu me flagelei tentando descobrir. "Eu te amo".