terça-feira, 11 de maio de 2010

Preciso conversar com você, psicóloga. Preciso dizer o que sinto neste momento. Preciso desabafar. Tive sede. Sede de liberdade. Sede de ser eu, de ser minha, de ser livre. Nesta minha sede de liberdade, me senti solta por caminhos aos quais me deparei com pessoas mais livres que eu. Entre elas, uma me chamou atenção. Seu nome, ainda não sei. Mas sua história, é a melhor de todas. Me impressiona. Me encanta. Quão maravilhada me deixo...
Um sorriso sempre no rosto. Não sei como é seu rosto assim sério, sério mesmo. Seus olhos sorriem juntos. E seu ar jovial me deixa com o espirito cada vez mais leve. Cadê o peso? Aquele? Da minha consciencia? Foi-se com seu sorriso brando, brisa leve. Brisa leve... Pode sentir? Eu sinto.
Eu tenho medo. Aquele velho medo. Dessa vez diferente, eu acho. Esse meu medo é exatamente tudo o que ele enfrenta. Sem medo. Esse meu medo me aprisiona, e faz de mim alguém frustrada. Ele? Bom... Ele me fala sobre frustrações. Mas não as dele. Ele não as possui. Ele fala das minhas. Diz que me dará animo, diz que preciso viver mais. Mais pelo tempo. Não bem pelas horas, mas... Pelo aproveitamento. Pensei em desconfiar como sempre faço. Pensei em ficar com mais medo. Mas dessa vez, vou dar lugar apenas a liberdade e a essa sede... Deixe-me beber do teu sorriso...
Ouvir-te falando, é como ouvir o som da liberdade. É como ouvir a música que toca ao fundo dos meus maiores desejos. Ver teus olhos, bem vivos, claros, vivos, vejo a luz. Deixa-me com sede da tua sede. Oh! Eu só queria segurar na tua mão e sentir o que você sente. Não por querê-lo. Eu apenas quero sentir sua liberdade. Quero tê-la. Quero cheirá-la. Quero senti-la. Não apenas saber que ela existe. A transparencia. A transparencia nos teus lábios. Mais uma vez, teu sorriso.
Ouço gargalhadas por entre as nuvens. Vejo os carros passando, a brisa por meus cabelos. Posso vê-lo sorrindo pra mim. Posso ver você feliz... Doce transparencia. Mas... Que medo eu sinto. Que medo. Medo de te não agradar. Medo de não ser sua felicidade. Eu apenas posso ser seu chão, você precisa decolar a qualquer hora.Um pouco da sua sorte, na sua louca vida. Medo. Medo. Pra que o tenho? E eu me considerava forte quando criança. Hoje, adulta, vejo que sou apenas uma criança. Cornetas? Trompetes? Sorrisos? Seu ar puro? Onde está agora? O que estaria fazendo enquanto aqui estou eu, escrevendo frias palavras e tomando capuccino? Todo esse espaço na sua vida é feito apenas por liberdade. E eu? Um pássaro preso ao seu medo, sedento por liberdade. Entende o que quero dizer?

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