segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Te ver acordar. Deixando a mágica para trás, que foi junto a lua. Te ver abrir os olhos na realidade. Te ver assim.
Nos sonhos te perco. Em seus sonhos me perco. Na vida, podemos compartilhar essa mágica. Nossa mágica. Nossas chaves. As suas minhas, e as minhas suas, então.
Te quero para esconder seu sorriso em meus lábios as 6 da manhã. Te quero pra dividir o tempo e a caneca de café quente. Olhando pela janela, vendo tudo o que deixamos passar da vida fria la fora. O calor dos nossos corpos juntos, aqui dentro.
Ao te ver partir, deixo. Deixo ir. Deixo ver até onde é capaz de ir sem olhar para trás.
Ao ver e ao pensar em ti naquele momento chamado todas as horas. Perdendo tempo. Ganhando um pouco de você a cada dia. A cada flor e cada beijo. Cada um. Cada nós.
É como fechar os olhos e embarcar em você. É como abrir os olhos e encher de mim em você. É como respirar você, viver você. Com você. Em você. É sentir sem sentimento. É essa mágica de sinais. E é tudo nosso.
Quando a lua cai existe uma certeza no céu. Você desaparece de mim e volta com minhas chaves. Com minhas chaves e seus dedos ensanguentados. Ainda não entende que a guilhotina e o frio lá fora, foram feitos pra te trazer de volta a prisão dos meus seios. Deixa que eu cuido de você.
Poderia cobrir suas mãos, seus olhos e seu pensamento. E o faço, assim como você em mim.
Nos dois em nós dois.


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