quinta-feira, 10 de março de 2011

Volta.
Seus ares, meus ares. As flores do passado. Ainda há flores.
Eu escolhi. Escolhemos. Foi assim que escrevemos, por fim, que seria.
Por um fim. Pôr um fim. Fim é inicio.
Eu descreveria as tuas celulas detalhadamente se quisesse, mas só quero perder-te a cada instante dentro de mim. De minhas veias.
Estranho dizer que meu primeiro ver a ti foram tuas mãos. Aquelas que passavam rapidamente as páginas de um livro velho qualquer. Posteriormente, minha ruiva.
De amargo a doce, vem sempre o gosto de você. Vem sempre, e gosto de você. Aquele amar incondicionalmente se perde as latitudes de meus olhos em tuas curvas.
É sentir saudade e cheiro. Sentir o cheiro da saudade, que de profunda, me faz lembrar daquilo que nunca vivi. Nunca toquei. À esses te defino, minha dádiva.
Como foram outras, de outras virão a ser. Mas de você, nunca deixarei aquele "eu" ser. Meu ser em você. Seu ser em mim. Seu eu em mim. Meu eu de você.
De pele tão palida, de voz tão aveludada, de mãos tão frias e olhos tão firmes. De tudo isso, se fez minha amada. De tudo aquilo que eu fiquei cega o suficiente pra não ver. Apenas venero. Apenas venero. Venero o teu o meu ser. Minha suprema.
De volta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário