terça-feira, 10 de maio de 2011

Outra página, era como diziam ser as novas histórias. Mas como já é uma história velha, de página amarelada, acho que só estou relendo este livro. Talvez mais um daqueles livros que você lê e re-lê e nunca entenderá. É onde descubro a insistência.
Persistência. É isso que acontece dentro da minha cabeça quando tento pensar em algo e esse algo me leva a outro algo, que me leva a você. E o mais incrível, é que, mesmo você estando tão longe, a uns mil e mil quilometros daqui, ainda insisto em te encontrar na mente em um segundinho só. Nesse mesmo segundo, a vida passa. Tem gente la fora. Telefone toca. Alguém se apaixona. Alguém termina. Alguém morre. E você? Onde?
Não quero mais olhar pra dentro, pois encontro vestígio de um ser completamente imbecil, que perde todo o tempo do mundo, já que meu mundo é você mesma.
Outro dia mastiguei uma maçã. Tão avermelhada, de gosto tão bom. Por algum motivo, a vermelhidão e o gosto me lembraram você. Sem contar num outro dia, que abri a porta. A maçaneta me lembrou você, uma coisa que tinha dito. Ou então, naquela outra vez que respirei, puf... aquela vez pude te sentir perto de mim, o quão intensa foi a lembrança.
Já parou pra pensar em quantas pessoas dizem "eu te amo" por dia? "Eu te amo"... É só mais uma daquelas coisas que você diz quando sente que não há mais nada a dizer e você está completamente sem argumentos. Por isso, você não o diz. Mas seu jeito de dizer "meu amor" sussurrando, completava qualquer argumento, motivo, ideia, momento, imagem, música, sorriso...
Qualquer começo, aqui, é recomeço.

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