Lavo minhas mãos. Espere.
Não há nada tão importante que não possa esperar. Espere.
Deixei, estive, esteve. Estivemos.
Nada de dor, nada dói, nada de tentar por tanto tempo.
O tempo. O dilema. A voz interior.
Ela disse que tudo isso era pecado. Ela disse que tudo isso passa rápido.
Se livrou da hipocrisia e se prendeu ao medo.
Nada a declarar, após duas doses e meia. Nada mais. Nada além de um suspiro e mais um gole.
Deixou estar. Deixou, apenas. Lavou suas mãos assim como eu.
Ela se sentia distante, por mais que não quisesse, estava aqui.
Dançou o tango desesperadamente e suspirou por mais que nada lhe fosse lícito. Espere.
Seu olhar. Fugacidade plena, exorbitante. Meia noite. Meio dia dos diamantes.
Ao ouvir a valsa, esperou que o tempo percorresse seu corpo. Um dedo a mais. Mais uma dose.
Ela se enfrentou. Enfrentou o medo. E mais um suspiro pleno de dor.
Apenas esperou até que o tango acabasse, e assim, pudesse ouvir sua valsa interior.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
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