quinta-feira, 11 de março de 2010

... E a luz se abriu mais reluzente, como eu havia dito. Pude ver todos os detalhes do sol, batendo forte, cada vez mais forte em meu rosto. Rosto... E aquele rosto? Veja, aquele rosto... Está cada vez mais claro, e cada vez mais tenho a certeza que já o vi.
Agora, permito-lhe, rosto, que se aproxime de mim. Permito-lhe mostrar o que é você, quem é você, o que você quer aqui em frente a mim, na frente da minha janela, do meu sol. Não vou impedí-lo de dizer, quero te ouvir mais, agora. Ainda acho que já ouvi sua voz... Diga, diga.
O sorriso estampado. Por coincidencia, seus olhos brilham. A poça de água se seca, ela precisa de mais água.
Sinto um gosto amargo as vezes, e as vezes este mesmo sol me encomoda. Mas assumo gostar muito disso. Assumo gostar de sentir isso sempre que venho até aqui.
Assim que os olhos se abrem, assim que o sol sai no céu. Seguindo em direção a janela. Sentindo a espectativa. Vejo, os mesmos olhos. A mesma boca. Ouço, a mesma voz.
Deuses! Sinto que necessito de seu conhecido rosto desconhecido cada vez mais. Acho que, no momento, este é o único motivo que me trás a essa janela, a este dia, a este sol.

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