quinta-feira, 18 de março de 2010

... E enfim, aquele rosto veio. Veio de encontro ao meu, veio de encontro ao sol. Claramente pude ver seus olhos, seus lábios... E tão de perto, pude ouvir sua voz.
Talvez fosse impressão, mas seus olhos brilhavam mais que o normal, e eu conseguia olhar pra eles. Conseguia te tocar sem medo, conseguia, mesmo ali, abaixo do sol, ver o sol dentro de tudo que estava alí.
Deu-me sua mão, "vem". Inocentemente, aquele rosto indiferente me fez seguir por uma estrada sem fim, porém sem medo. Sem retorno, me vi presa, apenas contigo, rosto estranho.
Pude senti-lo, ainda o sinto. Seu cheiro era ainda melhor que a verdadeira aparencia de seu rosto, limpido, sem sombras diurnas.
E enfim, a janela não se tornara mais uma barreira. Infelizmente, olhei para trás e o perdi do meu campo de visão. Onde estará? Estou perdida neste caminho, ao qual, você me ensinou andar, porém, não me ensinou prosseguir. Volte. O sol está para sumir. Ainda quero ver a lua, se possível, ao seu lado.
A brisa insessante, se tornou um vento forte, batendo em meu rosto. Me machucava. O sol queria me queimar, queria me deixar aflita. O silêncio. O silêncio. O som do silêncio me incomodava mais do que mil vozes juntas, sem que nenhuma dessas vozes fossem a sua. E onde está? Onde? Eu não tenho sinais. Apenas o silêncio das mil vozes que não me importam. O silêncio de sua voz.

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